terça-feira, 15 de maio de 2012

Dia da Espiga


Da Páscoa à Ascensão quarenta dias vão...   

A Quinta-feira da espiga é celebrada no dia da Quinta-feira da Ascensão com um passeio matinal, pelo campo, em que se colhe espigas de vários cereais, flores campestres e raminhos de oliveira para formar um ramo, que se denomina de espiga.

O Dia da Espiga era também o "Dia da Hora" e considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que não se devia trabalhar. Era o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não lêveda e as folhas cruzam-se". Era nessa hora que se colhiam as plantas para fazer o ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais. Em dias de trovoadas queimava-se um pouco da espiga no fogo da lareira para afastar os raios.
Acredita-se que este costume, que é mais comum no centro e no sul de Portugal, nasceu de um ritual cristão. No entanto, por tanta ligação com a Natureza pensa-se que poderá ter origens mais longínquas talvez em rituais pagãos associados à Deusa Flora e aos Maios e Maias.

As várias plantas que compõem a espiga têm um valor simbólico profano e um valor religioso.

·         Espiga – pão;

·         Malmequer – ouro e prata;

·         Papoila – amor e vida;

·         Oliveira – azeite, paz e luz;

·         Videira – vinho e alegria;

·         Alecrim ou rosmaninho – saúde, força e o perfume.

Segundo a tradição o ramo deve ser pendurado dentro de casa, devendo ser substituído, por um novo, no dia da espiga do ano seguinte, na esperança que atraia os desejos formulados.

Ao dependurar o seu ramo faça votos para que todos os desejos se concretizem pois, nesta altura de crise, bem deles precisamos:

PÃO E PAZ PERFUMADOS DE HARMONIA!

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